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Deixar as crianças se arriscarem pode ser bom para seu desenvolvimento

Atualmente, há uma tendência cada vez maior dos pais quererem proteger seus filhos. A violência tem atingido níveis alarmantes e é natural querer manter os pequenos sob cuidados constantes. No entanto, deixar as crianças se arriscarem pode ser bom para seu desenvolvimento.

A importância de deixar as crianças se arriscarem

Fonte: Graphic Stock.

É claro que ninguém quer ver os filhos correndo riscos ou se machucando, mas ser muito superprotetor com as crianças pode ser prejudicial tanto para elas quanto para os adultos. Segundo um artigo da psicóloga Silvia Regina Gomes da Rocha, especialista em psicologia para crianças, a superproteção pode fazer com que os pequenos sejam inseguros e tenham baixa autoestima.

Pais superprotetores tendem a vetar todo tipo de atividade, mesmo que ela não ofereça nenhum risco para criança, como jogar videogame na casa do vizinho, por exemplo. Eles podem ter crises de ansiedade e pânico simplesmente por saberem que a criança foi convidada para uma festa num espaço com vários brinquedos diferentes e mais radicais.

Esse tipo de superproteção se reflete diretamente no comportamento das crianças, que podem ter problemas em desenvolver sua autonomia. Mesmo na ausência dos pais, essas crianças sempre vão evitar qualquer situação de risco, o que impede que elas explorem o espaço ao redor e tenham dificuldade até mesmo de se enturmarem com outras crianças.

Inibir brincadeiras de criança só cria um sentimento ilusório de segurança. Para se desenvolverem, as crianças precisam não só brincar, mas ter contato com outras crianças e, inclusive, se arriscarem e testarem seus próprios limites. As brincadeiras ajudam a desenvolver a imaginação e o raciocínio abstrato, assim como as atividades físicas ajudam a criança a ter mais consciência do próprio corpo.

Deixar as crianças se arriscarem pode ser bom para seu desenvolvimento

Fonte: Festa e Aventura.

Brincadeiras que oferecem algum tipo de risco, como subir em árvore ou andar de bicicleta, estimulam as crianças a explorar o ambiente, seus próprios limites e a controlar as emoções em relação ao medo e ao perigo. Essas emoções também acabam estimulando a busca por novas experiências, que levam os pequenos a fazer amigos e se tornarem mais seguros de suas capacidades físicas e mentais.

Deixar as crianças se arriscarem faz com que elas testem seus limites e aprendam as consequências de ultrapassá-los, além de ajudar no desenvolvimento da coragem. Essas situações, em que há algum tipo de perigo, por menor que ele seja, torna a criança mais capaz de avaliar situações de risco, uma habilidade fundamental para a sobrevivência humana.

Brincadeiras que envolvem esforço físico fazem com que a criança aprenda mais sobre o próprio corpo e desenvolva um certo tônus muscular, além de evitar que ela se torne uma pessoa sedentária no futuro. Crianças que são acostumadas a realizar algum tipo de atividade física tendem a se manter sempre ativas, mesmo com o passar dos anos.

Se arriscar deve ser sinônimo de se aventurar, descobrir e aprender. É claro que não se deve colocar uma criança em uma situação extrema, em que ela sinta muito medo ante o perigo, pois ela não saberá como responder a este estímulo. Mas deixá-las livres para explorar diferentes espaços, sempre sob supervisão, é uma forma excelente de ajudá-la a se desenvolver.

Deixar as crianças se arriscarem pode ser bom para seu desenvolvimento

Fonte: Festa e Aventura.

Vale lembrar que, mesmo numa brincadeira que ofereça riscos, as crianças devem estar sempre sob supervisão, seja dos pais, seja outro adulto responsável. É natural que elas sempre procurem algum tipo de confirmação ao realizar as atividades, perguntando se estão certas e pedindo para ser observadas, o que lhes dá mais segurança para executar a tarefa.

E os pais ou responsáveis devem estar atentos e responder esses questionamentos de forma sincera. Afinal, uma resposta errada pode fazer com que a criança se coloque em um perigo desnecessário ou se sinta desestimulada a dar prosseguimento às atividades. Deixar as crianças se arriscarem pode ser bom para seu desenvolvimento, mas elas também devem se sentir seguras para tanto.

Por isso, deixe as crianças se soltarem mais. Isso será bom para o desenvolvimento delas, ajudando-as a aprender a lidar com perigos, frustrações e até consequências de seus atos. Não adianta tentar proteger as crianças de tudo, pois isso não é bom para elas. O importante é ensiná-las a viver neste mundo, que oferece uma série de perigos, mas também de felicidades e recompensas.

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